A avaliação na Educação Infantil, especialmente no contexto da educação inclusiva, deve respeitar os ritmos, as formas de expressão e as especificidades de cada criança. O processo avaliativo precisa ir além da medição de conteúdos e considerar o desenvolvimento integral da criança, incluindo aspectos socioemocionais, motores, de linguagem e de interação com o ambiente. Segundo Souza (2023), é essencial que a avaliação seja contínua, diagnóstica, formativa e voltada ao progresso individual, sobretudo quando se trata de crianças com dificuldades significativas de aprendizagem.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe direitos de aprendizagem que devem ser garantidos a todas as crianças, o que implica adaptar o currículo e utilizar estratégias pedagógicas e avaliativas acessíveis. Para isso, o professor em formação pode se apoiar no ciclo da avaliação inclusiva — composto pelas etapas de problematização, experimentação, reflexão, conceitualização, ação e avaliação — como ferramenta para observar, interpretar e planejar práticas pedagógicas que promovam a inclusão de maneira efetiva e significativa.
SOUZA, Elaine Fernanda Dornelas de. Processos avaliativos na educação especial. Indaial, SC: Arqué, 2023. Unidade 4, p. 111–138.