“A detecção de adulterações e fraudes nos alimentos é uma área crítica que pode ser significativamente aprimorada pelo uso da inteligência artificial. A IA pode identificar discrepâncias em dados de composição, detectar padrões incomuns em grandes conjuntos de dados e até mesmo empregar reconhecimento de imagem e espectroscopia para identificar alterações não visíveis ao olho humano. Esses sistemas ajudam a prevenir riscos à saúde e perdas econômicas, além de reforçar a confiança do consumidor”.
Fonte: ZATSU, V. et al. Revolutionizing the food industry: the transformative power of artificial intelligence — a review. Food Chemistry-X, v. 24, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.fochx.2024.101867. Acesso em: 1 jul. 2025.
A adulteração de alimentos é uma das maiores ameaças à integridade da cadeia produtiva e à saúde pública. Substituições ilegais de ingredientes, adição de substâncias não declaradas ou uso de compostos de menor qualidade são práticas que, além de enganar o consumidor, podem provocar reações adversas e comprometer a segurança alimentar. A citação destaca como a IA pode ser uma aliada crucial na detecção de fraudes, por meio da análise de dados massivos, imagens e técnicas de espectroscopia.
Ao integrar essas tecnologias aos processos de controle de qualidade, o Tecnólogo de alimentos deixa de atuar apenas como fiscal de produção e passa a ser um analista de dados e garantidor de conformidade normativa. Em um mercado globalizado, onde cadeias de fornecimento são complexas e internacionalizadas, a capacidade de detectar inconformidades rapidamente se transforma em diferencial competitivo e requisito ético para a sustentabilidade do setor.