aMAPA – ECO – TÉCNICAS DE PESQUISA EM ECONOMIA – 54_2025

aMAPA – ECO – TÉCNICAS DE PESQUISA EM ECONOMIA – 54_2025

Olá acadêmico(a) do curso de Ciências Econômicas. A atividade proposta corresponde ao M.A.P.A. (Material de Avaliação Prática da Aprendizagem) e tem como objetivo principal fazer com que você se sinta imerso(a) na realidade do planejamento e execução de um estudo, reconhecendo o projeto de pesquisa não apenas como um requisito acadêmico, mas como uma bússola indispensável para qualquer empreitada, seja ela científica, empresarial ou social.

Em um mundo cada vez mais complexo e competitivo, a capacidade de identificar um problema, planejar a sua investigação e propor soluções embasadas em dados e análises sólidas é uma das habilidades mais valorizadas. Seu sucesso profissional e a contribuição para a sociedade dependem diretamente da sua aptidão para transformar ideias em ações planejadas e resultados concretos.

PROBLEMATIZAÇÃO:

Qual a verdadeira importância de se dedicar à elaboração de um projeto de pesquisa rigoroso antes de iniciar qualquer investigação, e de que forma o planejamento cuidadoso de um estudo pode influenciar decisivamente o alcance de seus objetivos?

SIGNIFICAÇÃO:

Imagine a situação de um estudante embarcando em seu primeiro grande projeto de pesquisa acadêmica, seja um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), um artigo para iniciação científica ou um estudo de caso para uma disciplina. Ele está empolgado com uma ideia inovadora, mas a vastidão de informações disponíveis, a complexidade de definir um problema específico, a escolha da abordagem metodológica correta e a garantia de que o estudo será relevante podem ser esmagadoras. A pesquisa, em sua essência, não é apenas a coleta de informações; é um processo sistemático de busca por respostas a problemas bem definidos.

Sem um projeto de pesquisa bem estruturado, esse estudante pode se perder em leituras irrelevantes, coletar dados inadequados, enfrentar dificuldades na análise ou, pior, não conseguir responder à pergunta inicial que motivou seu estudo, gastando tempo e energia sem resultados concretos. Um projeto de pesquisa detalhado, com objetivos claros, hipóteses formuladas, uma metodologia delineada e um cronograma realista, serve como um mapa e uma bússola cruciais para o pesquisador. Ele não só guia cada etapa da investigação – desde a revisão bibliográfica até a análise e interpretação dos resultados – mas também garante que o esforço dedicado produza conhecimento válido e contribua de forma significativa para a disciplina e para a comunidade científica. Sem essa fundação, o risco de o estudo ser superficial, inconsistente ou inviável aumenta consideravelmente, transformando uma promissora investigação em um mero “achismo” sem o rigor científico necessário.



EXPERIMENTAÇÃO:



A realidade da pesquisa acadêmica, com sua vasta gama de literatura existente e a constante evolução do conhecimento, exige que o pesquisador, especialmente na iniciação científica, seja não apenas curioso, mas também extremamente estratégico em sua abordagem. Frequentemente, trabalhos acadêmicos promissores e ideias inovadoras não alcançam seu potencial máximo, não por falta de inteligência ou dedicação, mas pela ausência de um planejamento inicial robusto – o projeto de pesquisa.

Estudos que não partem de uma problematização clara e bem definida, que não articulam hipóteses ou questões de pesquisa testáveis, ou que não delineiam uma metodologia adequada desde o início, tendem a se perder em seu desenvolvimento. Isso pode levar a uma dispersão de esforços, à coleta de dados irrelevantes ou insuficientes, e, em última instância, à dificuldade ou impossibilidade de se chegar a conclusões válidas e de fazer uma contribuição significativa para a área de conhecimento. Essa “investigação sem planejamento” pode resultar em retrabalho, frustração e na produção de um material que não atende aos padrões de rigor científico esperados no ambiente universitário.

Já se perguntou por que alguns artigos ou livros acadêmicos parecem confusos, repetitivos ou não trazem insights realmente novos? Ou por que certas leituras, apesar de extensas, não conseguem responder às suas dúvidas iniciais ou te deixam com mais perguntas do que respostas? Muito provavelmente, a raiz desses problemas está na etapa de concepção e planejamento do estudo, ou seja, na fragilidade do projeto de pesquisa que o originou. A ausência de um roteiro bem definido pode transformar um texto em um labirinto, onde as ideias se misturam, a originalidade se perde e a contribuição para o avanço do conhecimento é mínima, ou até mesmo inexistente.



REFLEXÃO:

A essência da pesquisa reside na busca por respostas, e essa busca não é aleatória, mas um processo racional e sistemático. Como bem aponta Gil (2010), a pesquisa é requerida quando não existem informações suficientes para responder a um problema, ou os dados disponíveis não estão organizados a ponto de serem relacionados de forma adequada à resposta do objetivo.

Para que a ciência seja desenvolvida, é necessária a existência de conhecimentos disponíveis e a utilização de técnicas metodológicas, para que a investigação seja realizada por meio da pesquisa científica, que consiste na realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e registrada.

Essa afirmação sublinha a importância fundamental do planejamento. Sem um roteiro planejado seguido com rigor, qualquer “investigação” corre o risco de ser um mero “achismo”, e não uma contribuição válida para o conhecimento ou para a solução de problemas.

CONCEITUALIZAÇÃO:

O projeto de pesquisa é a formalização de um plano de investigação, uma verdadeira “carta de intenção” que delineia e estrutura sistematicamente as diretrizes de um estudo a ser realizado. Ele representa o planejamento da pesquisa, um ato racional e detalhado que serve como um roteiro para o pesquisador.

Mais do que um mero requisito burocrático, o projeto de pesquisa é a bússola que orienta toda a jornada investigativa. Ele é elaborado previamente ao início da coleta de dados e da análise aprofundada, e sua função primordial é:

Definir o Problema: Articular de forma clara e precisa a dificuldade teórica ou prática que a pesquisa se propõe a resolver, formulada, preferencialmente, como uma pergunta específica.

Estabelecer Objetivos: Determinar o que se pretende alcançar com o estudo, tanto em seu propósito geral quanto nas etapas específicas que levarão ao resultado desejado.

Formular Hipóteses (se aplicável): Propor as possíveis respostas provisórias para o problema, que serão testadas e validadas (ou refutadas) ao longo da investigação, conforme a natureza do estudo.

Justificar a Relevância: Explicitar o “porquê” da pesquisa, destacando sua importância e as contribuições esperadas para o avanço do conhecimento ou para a resolução de problemas reais.

Delinear a Metodologia: Detalhar o “como” a investigação será conduzida, incluindo o tipo de pesquisa (exploratória, descritiva, explicativa), os procedimentos para a coleta de dados, as fontes de informação e o plano de análise, assegurando o rigor científico.

Planejar Recursos e Tempo: Estimar os recursos necessários (humanos, materiais, financeiros) e estabelecer um cronograma realista para a execução das etapas do estudo.

Em suma, o projeto de pesquisa é o documento que antecede a própria pesquisa, garantindo que o processo investigativo seja organizado, coerente, viável e capaz de gerar conhecimento válido e confiável. Ele é a ponte entre a ideia inicial do pesquisador e a realização de um estudo científico bem-sucedido.

AÇÃO:

Você, como futuro(a) economista, tem o poder de transformar realidades e gerar impacto. A capacidade de desenvolver um projeto de pesquisa sólido e coerente é a base para essa transformação. Ao dominar a arte de planejar uma investigação, você estará apto(a) a propor soluções inovadoras, tomar decisões embasadas e se posicionar como uma referência em sua área de atuação.

AVALIAÇÃO: 

Considere o seguinte Cenário:

A Revolução da Energia Solar e seus Impactos Econômicos no Brasil

O setor de energia solar fotovoltaica no Brasil tem experimentado um crescimento exponencial nos últimos anos, impulsionado por incentivos governamentais, a busca por fontes de energia limpa e a redução dos custos de instalação. Essa expansão não se limita apenas à geração de energia em si, mas permeia diversas camadas da economia, desde a indústria de equipamentos até a cadeia de serviços de instalação e manutenção, e a própria dinâmica do consumo de energia.

A ascensão da energia solar promete múltiplos benefícios econômicos. Gera empregos em novas especialidades, reduz a dependência de fontes fósseis e da volatilidade dos preços da energia elétrica tradicional, atraindo investimentos e impulsionando a inovação tecnológica. Para residências e empresas, a autogeração de energia pode significar uma redução substancial nas contas de luz, liberando recursos para outras áreas do orçamento ou para reinvestimento produtivo.

No entanto, essa revolução também traz consigo complexidades e desafios que exigem profunda análise. Questões como o impacto na arrecadação de impostos das concessionárias de energia, a necessidade de adaptação da infraestrutura de transmissão e distribuição, o papel dos subsídios e a equidade no acesso à tecnologia por diferentes camadas sociais são pontos cruciais que demandam investigação rigorosa para subsidiar políticas públicas eficazes e modelos de negócio sustentáveis.

Diante desse cenário dinâmico e multifacetado, torna-se imperativo que economistas e pesquisadores compreendam a fundo os diversos impactos da energia solar. Estudos bem elaborados são fundamentais para que o Brasil possa maximizar os benefícios dessa transição energética e mitigar seus possíveis efeitos adversos, garantindo um desenvolvimento econômico mais resiliente e inclusivo.

Seu Desafio:

Considerando o cenário apresentado e os conceitos de projeto de pesquisa estudados nesta disciplina, você, como estudante de Economia, foi convidado(a) a elaborar a estrutura inicial de um projeto de pesquisa sobre a temática da energia solar e seus impactos na economia brasileira.

Para isso, você deverá formular e apresentar os seguintes elementos do seu projeto:

(a) Problema de Pesquisa: Formule um problema de pesquisa em formato de pergunta, que seja claro, delimitado e que possa ser investigado cientificamente dentro do cenário da energia solar e economia. O problema deve ser específico o suficiente para guiar seu estudo, mas abrangente para permitir uma análise relevante.

(b) Objetivo Geral: Com base no problema de pesquisa que você formulou, elabore o objetivo geral do seu projeto. Lembre-se que o objetivo geral deve ser o propósito principal do seu estudo, expresso com um verbo no infinitivo.

(c) Objetivos Específicos: Para alcançar seu objetivo geral, liste pelo menos três objetivos específicos. Estes devem detalhar as etapas ou as sub-questões que você precisará investigar para responder ao problema e atingir o objetivo principal. Utilize verbos no infinitivo.

(d) Hipóteses de Pesquisa: Proponha duas hipóteses relacionadas ao seu problema de pesquisa:

Uma hipótese nula (H0): que represente a ausência de relação ou efeito.

Uma hipótese alternativa (H1): que proponha a existência de uma relação ou efeito que você espera encontrar. Explique brevemente como essas hipóteses poderiam ser testadas e como elas orientarão a sua investigação.



​IMPORTANTE:

1. Acesse o link com um vídeo tutorial para ajudá-lo nesse processo de criação e desenvolvimento. O acesso deverá ser realizado em: Materiais >> Material da Disciplina;

2. Disserte a respeito do tema, seguindo como roteiro os tópicos elencados anteriormente, seu texto deverá ter no minímo 10 e no máximo 20 linhas.

3. A entrega deve ser feita exclusivamente por meio do Template de entrega da atividade MAPA disponível no material da disciplina.

4. Antes de enviar sua atividade, certifique-se de que respondeu a todas as perguntas e realize uma cuidadosa correção ortográfica.

5. Após o envio não são permitas alterações, ou modificações. Logo, você tem apenas uma chance de enviar o arquivo corretamente. Revise bem antes de enviar.

6. Lembre-se que evidências de cópias de materiais, incluindo de outros acadêmicos, sem devidas referências serão inquestionavelmente zerada. As citações e referências, mesmo que do livro da disciplina, devem ser realizadas conforme normas da Instituição de Ensino.

7. Não são permitidas correções parciais no decorrer do módulo, ou seja, o famoso: “professor veja se minha atividade está certa?”. Isso invalida seu processo avaliativo. Lembre-se que a interpretação da atividade também faz parte da avaliação.

8. Procure sanar suas dúvidas junto a mediação em tempo hábil sobre o conteúdo exigido na atividade, de modo que consiga realizar sua participação.

9. Atenção ao prazo de entrega, evite envio de atividade em cima do prazo. Você pode ter algum problema com internet, computador, software, etc. e os prazos não serão flexibilizados, mesmo em caso de comprovação.



Bons estudos!

Em caso de dúvidas, encaminhar mensagem ao seu Professor(a) Mediador(a)