MAPA – INSTALAÇÕES PREDIAIS – 52_2025
MAPA (MATERIAL DE AVALIAÇÃO PRÁTICA DE APRENDIZAGEM)
INSTALAÇÕES PREDIAIS — MÓDULO 52/2025
Olá, estudante! Tudo bem? Seja bem-vindo à nossa atividade MAPA da disciplina de Instalações Prediais.
Nas próximas páginas, você será DESAFIADO! Como futuro engenheiro, queremos que você desenvolva habilidades essenciais para a sua jornada, como analisar, sistematizar, calcular, refletir e tomar decisão. O conhecimento analítico das Instalações Prediais é crucial para que seja feito o dimensionamento correto dessas instalações na estrutura. Dessa forma, nossa atividade está dividida em etapas, que deverão ser feitas individualmente. Você será desafiado a avaliar e calcular cada etapa apresentada no presente trabalho. Dessa forma, seus conhecimentos serão colocados à prova! Você está preparado? Vamos lá!
CURSOS HÍBRIDOS | ENGENHARIA CIVIL
CONTEXTUALIZAÇÃO
As instalações prediais referem-se ao conjunto de sistemas e infraestruturas que garantem o funcionamento adequado de um edifício. Elas incluem sistemas de água, esgoto, eletricidade, gás, climatização, telecomunicações e segurança.
Essas instalações são essenciais para proporcionar conforto, segurança e funcionalidade aos usuários do prédio. Elas garantem o abastecimento de água potável, a remoção de resíduos, a distribuição de energia elétrica, o controle da temperatura interna e a comunicação eficiente. Além disso, sistemas de segurança, como alarmes e câmeras, contribuem para a proteção dos ocupantes e do patrimônio. Em resumo, as instalações prediais são fundamentais para a habitabilidade e a operação eficiente de qualquer edificação.
Você, futuro engenheiro civil, em breve precisará adquirir competências relacionadas ao dimensionamento e à elaboração de projetos de instalações prediais. Esses sistemas são parte integrante do nosso dia a dia e, por essa razão, é fundamental dedicar atenção a essa fase para garantir que sejam seguros, eficientes e duradouros. As etapas a seguir abordarão o desenvolvimento dessas competências.
ETAPA 01
Você, futuro engenheiro civil, precisa dimensionar um sistema hidráulico de Instalações Prediais de água fria na cidade de Maringá-PR e, após análise do projeto, tem em mãos os seguintes dados:
-Térreo + 10 pavimentos.
-Não possui apartamento no térreo.
-Cada pavimento possui 5 apartamentos.
-Cada apartamento possui 2 dormitórios.
-Área de cada apartamento 80m²
-Considerar 2 pessoas por dormitório
– Considerar armazenamento para 48h
-Considerar – CD = Pop. * quant. Consumo por pessoa
-Considerar reserva técnica de incêndio de 20% e armazenamento de 40% no Reservatório Superior e 60% no Reservatório Inferior.
-Considerar PVC Soldável
Atividades Etapa 01 (1,5 pontos)
- a) Faça o dimensionamento primeiro pela Tabela 1 e depois pela Tabela 2.
- b) Após fazer o dimensionamento pelas duas tabelas, determine o diâmetro do hidrômetro e do alimentador predial, através da Tabela 3 e Tabela 4 (para tubulações considere PVC soldável).
Tabela 1- Tabela de estimativa de consumo diário.
Fonte: Tomaz (2000, p.198).
Tabela 02 – tabela de consumo potencial.
Fonte: Sanepar (2025).
Tabela 03 – Pré-dimensionamento de hidrômetro.
Fonte: Sanepar (2025).
Tabela 04 – Conversão de Diâmetros.
Fonte: A autora (2025).
ETAPA 2
A norma NBR 5626 define que a pressão estática máxima permitida nas tubulações é de 400 kPa, com o objetivo de preservar a integridade do sistema hidráulico, evitando problemas como ruídos, golpes de aríete e a necessidade frequente de manutenção. Esses ruídos também impõem um limite à velocidade de escoamento da água, que segundo a norma, não deve ultrapassar 3 m/s.
Adicionalmente, é exigida uma pressão dinâmica mínima nos pontos de consumo, de forma a assegurar o funcionamento adequado dos equipamentos sanitários. Para a maioria dos aparelhos, essa pressão mínima é de 10 kPa, exceto para as válvulas de descarga, que requerem 15 kPa, e para as bacias com caixa acoplada, que necessitam de apenas 5 kPa.
O processo de dimensionamento das tubulações deve garantir que a vazão de água seja suficiente para abastecer corretamente todos os pontos de utilização. Para isso, podem ser adotados dois métodos: o critério do consumo máximo possível, que considera todos os aparelhos ligados simultaneamente, e o critério do consumo máximo provável, que leva em conta a probabilidade de uso simultâneo dos aparelhos. Neste último, cada ponto de consumo recebe um peso específico e a soma desses pesos define a vazão necessária para a tubulação.
Etapa 02 – Atividades
Você, futuro engenheiro civil, calcule os diâmetros das tubulações de um banheiro esquematizadas abaixo e confira se estão de acordo com os limites de velocidade e pressão interna definidos pela NBR 5626. Para realizar o dimensionamento, utilize o critério de máximo consumo provável e aplique esse critério com base na planilha apresentada pela
Tabela 05 – Dimensionamento de pressões, disponível em “Material da Disciplina”.
Figura 01 – Esquemático de banheiro.
Fonte: A autora (2025).
A Tabela 05 apresenta um modelo de planilha que pode ser usado como referência nesse processo.
Tabela 05 – Dimensionamento de pressões.
Fonte: A autora (2025).
Tabela 06 – Pesos relativos nos pontos de utilização.
Fonte: NBR 5626/2020.
ÀBACO 01 – Luneta – Somatória dos Pesos diâmetros nominais
Fonte: TIGRE (2025).
Tabela 07: Perdas de carga localizada peças de PVC– comprimentos equivalentes
Fonte: MACINTYRE (2017).
Fórmulas úteis:
Vazão: , onde onde 𝑄 é a vazão dada em (l/s) e Σ 𝑃 equivale a soma dos pesos relativos as peças alimentadas pela tubulação.
Velocidade real na tubulação:, onde 𝑣 é a velocidade em (m/s); 𝑄 é a vazão em (l/s) e 𝐷 interno o diâmetro dado em (mm).
Perda de carga unitária do trecho, para tubos de plástico, cobre ou liga de cobre: 𝐽 = 8,69. 106. 𝑄1,75. 𝐷−4,75 , onde 𝐽 é a perda de carga unitária em (kPa/m); 𝑄 é a vazão estimada em (l/s) e 𝐷 o diâmetro interno dado em (mm).
Pressão a jusante equivale em (kPa) a: 𝑃𝑗𝑢𝑠 = 𝑃𝑚𝑜𝑛𝑡 + 𝑐𝑜𝑡𝑎. 10 − Δ𝐻
onde 𝑃𝑗𝑢𝑠 é a pressão a jusante em (kPa); 𝑃𝑚𝑜𝑛𝑡 é a pressão a montante dada em (kPa); 𝑐𝑜𝑡𝑎 é o desnível geométrico do trecho em (m) e Δ𝐻 é a perda de carga total do trecho em (kPa).
– Velocidade 4000xQ /pi*d² (m/s) onde, Q = vazão estimada; d = diâm. Interno.
Orientações Importantes:
-Considerar: Bacia Sanitária com Caixa de Descarga e Chuveiro Elétrico
-Para conexões, considerar: Trecho A-B: entrada de borda, joelho 90º, Registro Gaveta aberto, Tê 90º passagem direta; Trecho B – C: Tê 90º saída de lado; Trecho C-D: Joelho 90º, Registro Globo aberto (registro de pressão), Joelho 90º). Agora é sua vez de ser desafiado! Mãos à obra!
Etapa 03 – Atividade (0,5 ponto)
Durante o dimensionamento de um sistema de abastecimento predial, é possível que a pressão dinâmica no ponto de utilização mais desfavorável não atinja o valor mínimo exigido para o correto funcionamento dos aparelhos sanitários.
Com base nos seus conhecimentos e nas normas técnicas, responda:
Quais medidas podem ser adotadas para corrigir essa situação? Justifique de que forma cada uma delas contribui para melhorar a pressão dinâmica no ponto crítico.
Bom trabalho!
Referências:
ABNT. NBR 5626 / 2020 – Sistemas prediais de água fria e água quente – Projeto, execução, operação e manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
ABNT. NBR 5626 / 1998 – Sistemas prediais de água fria e água quente – Projeto, execução, operação e manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 1998.
MACINTYRE, A. J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná. Tabela de consumos potenciais. 2025. Disponível em: https://site.sanepar.com.br/informacoes-tecnicas/tabela-de-consumos-potenciais. Acesso em: 20 maio 2025.
TIGRE. Catálogo Tigre. 2025. Àbaco Luneta. Disponível em: https://www.tigre.com.br/produtos/obras-e-reformas/agua-fria/tubos-e-conexoes-roscaveis. Acesso em: 25 mar. 2025.
TOMAZ, P. Previsão do consumo de água. Interface das instalações prediais de água e esgoto com os serviços públicos. São Paulo: Comercial Editora Hermano & Bugelli Ltda., 2000.