MAPA – SEG – SEGURANÇA DO TRABALHO AGRÍCOLA – 51_2025 – UNICESUMAR

MAPA – SEG – SEGURANÇA DO TRABALHO AGRÍCOLA – 51_2025

Estudante, seja bem-vindo ao MAPA de nossa disciplina “Segurança do Trabalho Agrícola”.

Como você sabe, o MAPA é uma atividade imersiva que lhe apresenta uma problemática ou demanda relacionada ao mundo do trabalho dos Gestores em Segurança do Trabalho, especificamente considerando a realidade rural.

Por meio da apresentação desta problemática, você é levado a um processo de reflexão, experimentação e ação, na tratativa de solucionar o problema apresentado, por meio dos conceitos trabalhados pela disciplina.

Esta resolução da problemática pode envolver a síntese de informações, em criações dissertativas, ou ainda pode envolver a prototipação de tecnologias que sejam eficazes em seus propósitos.

Dito isto, vamos compreender qual é a problemática que vamos trabalhar:

O Brasil é um dos países mais representativos no contexto do Agronegócio. Não obstante, o Brasil se classifica nas primeiras posições quando o assunto é exportação e produção de gêneros agrícolas e pecuários de interesse, a exemplo da produção de soja, milho, cana-de-açúcar, bovinos, aves e peixes. Também devemos destacar a constante presença do Brasil nas principais classificações de qualidade dos produtos agrícolas, a exemplo das frutas tropicais e dos cafés gourmet, amplamente apreciados em diversas praças ao redor do mundo.

Todavia, a produção agropecuária brasileira também enfrenta desafios fito e zoossanitários, que exigem a utilização de soluções tecnológicas que configuram a implementação de importantes agentes de risco à saúde e segurança dos trabalhadores. Uma dessas soluções é a utilização de agrotóxicos, também conhecidos como pesticidas.

Os agrotóxicos são representados por substâncias químicas sintéticas que interagem com organismos-alvo (plantas daninhas, insetos-praga, fungos e bactérias fitopatogênicos), de maneira a lhes eliminar do cenário de produção de alimentos e matérias-primas agropecuárias.

Podemos dar um exemplo sobre o uso dos agrotóxicos: se em uma área agrícola de produção de soja for constatada a presença de plantas daninhas de difícil manejo, tal como a Buva ou Capim Amargoso, torna-se necessário utilizar um agrotóxico herbicida, para matar as plantas daninhas, de modo a sobrar apenas as plantas de soja, intactas e protegidas, para que elas possam gerar a maior produtividade possível.

Do ponto de vista da Saúde Ocupacional, o uso de agrotóxicos pode representar uma elevação dos agentes de risco químico no ambiente onde os trabalhadores rurais se inserem. Por sua vez, com a majoração desses agentes de risco químico, a probabilidade de haver um acidente de trabalho se eleva a níveis preocupantes.

Elaborado pelo professor.

Eis que, nesse momento, os Gestores em Segurança do Trabalho devem estabelecer diretrizes e procedimentos operacionais que reduzam a probabilidade de ocorrência de acidentes de trabalho oriundos das contaminações por agrotóxicos.

“Nesse sentido, imagine-se em uma propriedade rural típica, que possui dez trabalhadores fixos e outros dez trabalhadores temporários. Todos os trabalhadores estão envolvidos com o controle de plantas daninhas em uma plantação de café. Trata-se de uma plantação adensada, com espaçamentos entre as linhas de café que não permitem a entrada de tratores e pulverizadores para mecanizar a aplicação de herbicidas. Deste modo, a única maneira de controlar as plantas daninhas é se utilizar de pulverizadores costais manuais ou motorizados, sempre sendo carregados por um trabalhador rural, que se responsabiliza pela aplicação do herbicida em si.

Ao analisar a maneira como os herbicidas são aplicados, você chega à conclusão de que existem erros procedimentais que elevam a probabilidade de acidentes de trabalho. Por exemplo, você encontra trabalhadores rurais com equipamentos de proteção individual incompletos, por vezes, vestidos em uma ordem inadequada e ainda, sem muitas considerações quanto à validade de seus certificados de aprovação.

Outrossim, você também observa que os pulverizadores geralmente possuem suas ponteiras e bicos aplicadores sem manutenção, o que gera vazamentos ou aplicações com jatos que geralmente caem sobre os trabalhadores rurais e não sobre as plantas daninhas.

Também não existem maiores cuidados quanto à retirada e conservação dos EPIs e ainda, quanto ao próprio manejo dos trabalhadores. Você notou que muitos dos trabalhadores simplesmente vão para suas casas ou fazem outras atividades com as mesmas roupas com as quais estavam aplicando os herbicidas”.

Quantos fatores de risco, não é mesmo? Com esta percepção sobre a problemática em questão, torna-se urgente estabelecer tratativas de gestão que possam orientar os trabalhadores rurais na solução destes problemas, e uma das tratativas mais interessantes é a elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão para a atividade.

O link a seguir contém uma boa referência de informações para que você compreenda o que é e qual a importância dos Procedimentos Operacionais Padrão: https://www.produttivo.com.br/blog/pop-procedimento-operacional-padrao/.

Ademais, o link a seguir mostra um exemplo prático de como elaborar um Procedimento Operacional Padrão para a atividade de aplicação de agrotóxicos. Leia-o, pois será importante para que você possa resolver este MAPA: https://www.ica.ufmg.br/wp-content/uploads/2022/07/Formulario_1625526_POPs_Producao_Vegetal.pdf.

Para resolver este MAPA, você deverá APENAS descrever os procedimentos operacionais padrão para a resolução do caso aqui apresentado (produção de café e aplicação de herbicidas). Não será necessário criar o formulário do POP ou criar o seu cabeçalho. Queremos apenas que sejam elaboradas as informações dos procedimentos.

Então siga as orientações e o modelo apresentado no Formulário Padrão, presente no “Material da Disciplina”. Lembre-se de que o uso do mesmo é obrigatório.