MAPA – TOC – RECURSOS TERAPÊUTICOS EM TERAPIA OCUPACIONAL – 51_2025
MAPA Análise de Caso – Uso de Recursos Terapêuticos em Pacientes com Deficiência Física
O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) para paralisia cerebral é baseado no movimento iniciado voluntariamente, com ênfase no sentar, transferências e mobilidade. Ao definirmos um sistema de classificação em cinco níveis, nosso principal critério é que as distinções entre os níveis devam ser significativas na vida diária. As distinções são baseadas nas limitações funcionais, na necessidade de dispositivos manuais para mobilidade, e em menor grau, na qualidade do movimento. As distinções entre os Níveis I e II não são tão nítidas como a dos outros níveis, particularmente para crianças com menos de dois anos de idade.
PFEIFER, Luzia Iara; FUNAYAMA, Carolina Araújo Rodrigues. GMFCS – E&R: Sistema de classificação da função motora grossa – ampliado e revisto. Ribeirão Preto: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 2010. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/002175082. Acesso em: 31 jan. 2025.
Com base nos conhecimentos adquiridos na disciplina, analise o seguinte caso:
Você foi designado para trabalhar com um paciente fictício de 12 anos que possui paralisia cerebral quadriespástica, uma condição que causa rigidez, espasticidade e dificuldades significativas de controle motor nos quatro membros. O paciente se enquadra no nível II da Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS II), o que significa que ele é capaz de se locomover de forma independente em superfícies planas, mas pode precisar de apoio para percursos longos ou terrenos irregulares, além de enfrentar desafios no equilíbrio e na coordenação motora.
Além das limitações motoras, o paciente apresenta comprometimento cognitivo leve (CCL), que afeta funções como memória, atenção, linguagem, raciocínio e habilidades executivas. Esses déficits podem dificultar a execução de tarefas que exigem organização sequencial, adaptação a novas estratégias e manutenção do foco em atividades diárias.
Diante desse quadro, o paciente busca melhorar sua capacidade de realizar atividades diárias essenciais, como se alimentar, escrever e utilizar o celular, visando maior autonomia e qualidade de vida.
Com base nesse caso, realize as seguintes etapas:
- Levantamento de Necessidades:
Descreva as principais necessidades do paciente, levando em consideração suas limitações físicas e cognitivas. Quais atividades diárias ele tem mais dificuldade em realizar? Quais são suas prioridades de vida e quais são seus objetivos terapêuticos? - Identificação de Tecnologias Assistivas:
Pesquise e liste pelo menos três tecnologias assistivas que poderiam ser utilizadas para ajudar esse paciente a melhorar sua funcionalidade e autonomia nas atividades diárias. Para cada tecnologia, explique como ela pode ser aplicada no caso do paciente, destacando suas vantagens e limitações. - Planejamento Terapêutico:
Com base nas tecnologias assistivas escolhidas, desenvolva um plano de intervenção terapêutica. Inclua a descrição das atividades que você irá realizar com o paciente, como o uso das tecnologias assistivas, e como você vai monitorar o progresso do paciente. Considere também a necessidade de trabalhar habilidades motoras e cognitivas sem depender excessivamente das tecnologias.
4. Reflexão Crítica:
Após o planejamento, escreva uma reflexão crítica sobre o uso das tecnologias assistivas em Terapia Ocupacional. Quais os desafios éticos e profissionais você enfrenta ao balancear o uso de recursos tecnológicos com o desenvolvimento de habilidades próprias do paciente? Como garantir que o paciente não se torne excessivamente dependente das tecnologias?
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