No código visual, coletinhos sem manga, tênis ecológicos e patinetes formavam o combo que definia o típico Faria Limer em 2019. De lá para cá, alguns elementos se mantêm e, ainda que os veículos de duas rodas não estejam mais disponíveis para locação, é possível vê-los, aos montes, ao lado de bicicletas e patins, entre 8h e 9h da manhã, percorrendo a ciclovia que corta a famosa avenida.
Se na década de 1960 a visualidade de grupos específicos estava mais ligada ao lazer, a partir de 1980 a balança pende para o trabalho, com os yuppies norte-americanos ditando o estilo de vida dos ingressantes no mercado.
“Esses jovens urbanos profissionais ganhavam muito dinheiro em Wall Street, então existia uma ideia de símbolos como relógios, joias, restaurantes e apartamentos caros”, diz Maíra Zimmermann, historiadora de moda e professora da FAAP.